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Grécia: multidão rejeita imposição de arrocho e privatização pelo FMI

Uma senhora de 60 anos, Elena Christolaki, que pela primeira vez ia a uma manifestação, disse que “se nós fizermos o que essas instituições querem, não haverá mais Grécia”. “Eles estão exigindo que nós desistamos de nossa dignidade, vendamos tudo”, acrescentou. Também estavam presentes os trabalhadores da estatal da energia elétrica, a “Power Public”, que marcharam até lá, com uma grande faixa conclamando a “resistir à privatização”.
Na praça apinhada de gente, faixas expunham a lista de bancos estrangeiros que irão “dar consultoria” às privatizações – Deustche, Barclays, Rothschild. Um grande pôster também denunciava o Goldman Sachs, que organizou as fraudes em governos anteriores e agora bancou fundos de hedge contra o país. A mesma “Der Spiegel” reconheceu que a classe média foi jogada pela crise “nas filas de sopão” e que, sem emprego, há gente de volta ao campo para sobreviver.
Um ano de aperto de cinto - para depois ainda ter de apertar mais e entregar as estatais e até território para continuar sendo achacado por mais anos e sem perspectiva de saída -, está deixando o povo irado. “Ladrões, ladrões, ladrões!”, bramava a multidão. O tema era recorrente: “ladrões – prostitutas – banqueiros”, dizia outra faixa.
A rejeição ao FMI era acrescida pela indignação com o papel jogado pelos bancos e governo alemão em levar a Grécia ao sétimo círculo do inferno. Uma faixa comparava o pacote do FMI ao “anschluss” – a anexação “pacífica” da Áustria por Hitler. Havia também uma grande bandeira azul da União Europeia, com o círculo de estrelas, que tinha ao centro uma suástica nazista: “4º Reich”.
Está ficando complicado até andar na rua para quem trai a Grécia com o FMI. Deputados do Pasok, o partido de Papandreou, receberam cusparadas na cara em Atenas; na ilha de Corfu, outros corridos na pedrada. Também, o milenar porto de Pireus, que os persas não conseguiram tomar nas guerras da antiguidade, agora vai ser regalado a bancos alemães ou norte-americanos, bovinamente. Vários parlamentares da bancada de Papandreou já dizem que é suicídio político votar no pacote – embora seja o que provavelmente acabarão por fazer.
BISPOS: “REVOLUÇÃO JÁ!”
O cordão dos descontentes se espraia. Dois bispos da igreja ortodoxa grega - o maior culto do país -, de acordo com o “Daily Telegraph”, conclamaram por uma “revolução”. Tema que reaparece em outra manifestação, em uma faixa: “vocês arrumaram a doença, nós temos a solução – revolução”.
Setores que acreditavam que era melhor o arrocho que o enfrentamento com os agiotas, agora começam a pôr algum juízo na cabeça. “Há um senso crescente de que foi tudo por nada”, revelou Dimitrius Daskalopoulos, da entidade empresarial SEV, “e que estamos de volta aonde começamos”. Na verdade, pior.
No outro lado do front, o jornal alemão “Bild” – o da provocação “gregos, vendam suas ilhas!”, que virou realidade -, aparece com “relatório da CIA” dando conta de possível “golpe militar”, caso os “protestos de rua” sofram uma escalada e Papandreou “perca o controle”. Um tanto mais ponderada, a “Der Spiegel” fez matéria para contabilizar até quanto os bancos alemães poderiam agüentar de baque, em caso de “default”.
No domingo, uma faixa saudava “da Praça Tahir à Praça Syngmanta”; outra, o Iêmen sublevado. Mais além, direto ao ponto: “não pedimos emprestado, não vamos vender, não vamos pagar”. Assim, a resposta contra a atual sujeição aos bancos, a moratória, vai abrindo espaço para o centro da cena. Nada do outro mundo. Já foi feito na Argentina e em mais países. Enquanto isso, o povo está nas ruas: na capital Atenas, em Tessalônica, a segunda maior cidade do país, e em muitas outras cidades

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