OS GRINGOS ELEVAM O DOLAR E NÓS PAGAMOS A CONTA .

Amanhã é dia de torcer para que a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, sinalize um aumento bem gradual e modesto dos juros nos Estados Unidos (Robert Galbraith/Reuters)© Robert Galbraith/Reuters Amanhã é dia de torcer para que a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, sinalize um aumento bem gradual e modesto dos juros nos Estados Unidos
SÃO PAULO - Os Estados Unidos elevaram os juros nesta quarta-feira (16), tirando as taxas da banda entre 0% e 0,25% dentro da qual estiveram desde a crise econômica de 2008. A decisão foi importantíssima, já que aumenta a rentabilidade dos títulos do Tesouro norte-americano e faz tudo aquilo que foi noticiado exaustivamente nos jornais de economia. Mas para o cidadão comum, que não necessariamente investe em ações, renda fixa ou câmbio, que diferença faz se os EUA sobem ou não os juros?
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Em primeiro lugar, de acordo com o economista-chefe da Apex, Eduardo Andrade, a consequência direta dos ativos norte-americanos ficarem mais atrativos graças ao aumento de juros é uma fuga dos investimentos dos países emergentes para lá. Dinheiro migrando daqui para fora significa investidores se livrando dos seus reais para comprar dólares. Ou seja, o câmbio ficará mais alto e os planos de férias no exterior serão, provavelmente adiados, mas não é só isso.
"Um câmbio mais desvalorizado aqui significa um aumento dos preços dos produtos que as pessoas costumam importar", explica Andrade. Os brasileiros, compreendidos aqui tanto como as empresas quanto como as famílias, importam principalmente bens de capital, bens de consumo, matérias-primas e combustíveis. Isso significa que o preço destes produtos irá aumentar, tornando mais caros eletrodomésticos, smartphones, automóveis, preço da gasolina etc.
Este aumento geral de preços, provocará um crescimento da inflação, que para ser controlada, precisará muito provavelmente de uma intervenção do Banco Central na política monetária. "Em uma situação assim, os juros deveriam subir e como consequência, o consumidor teria um acesso mais mais difícil ao crédito e um risco de penalty maior", diz o economista da Apex.
O custo maior do crédito, nem é preciso dizer, pode aumentar ainda mais a recessão atual, uma vez que torna mais difícil para as empresas captarem recursos para investir em projetos de expansão, além de obviamente inibir o consumo, já que encarece as compras a prazo.
Tudo isso mostra o quanto é importante ficar atento para as reuniões do Federal Reserve, mas o leitor que se assustou com tudo isso que pode piorar graças à decisão de hoje pode ficar mais tranquilo. Segundo Andrade, por ter sido antecipada há mais de um ano, esta decisão é amplamente esperada, lembrando que 76% dos investidores acreditam que os juros subirão amanhã. Na prática, a maior parte destas questões já foi precificada, o câmbio a R$ 3,90 é uma prova disso, que o mercado já estava se adaptando a este cenário futuro.
A grande questão, segundo o economista, é saber qual será o ritmo do aperto monetário norte-americano. "Se o Fed indicar uma alta mais forte ou mais rápida do que o esperado, uma fuga de capital dos emergentes deve ocorrer. Do contrário, o consumidor não deve sofrer tanto por aqui", explica. Portanto, hoje é dia de torcer para que a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, sinalize um aumento bem gradual e modesto dos juros nos Estados Unidos se você é um consumidor e não um investidor comprado em dólar.

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