EUCALIPTO LIMÃO USADO EM REPELENTES CONTRA MOSQUITO DA DENGUE .
Corymbia citriodora, conhecido pelos nomes comuns de eucalipto-cidró, eucalipto-limão ou eucalipto-cheiroso, é umaespécie pertencente ao grupo dos eucaliptos caracterizados por produzir árvores de médio a grande porte, ocasionalmente podendo atingir 35-50 metros de altura e 1,2 metro de diâmetro à altura do peito, com excelente forma do tronco e folhagem rala. A espécie tem distribuição natural nas regiões de clima temperado e subtropical do nordeste da Austrália. O epíteto específico citriodora deriva do latim citriodorus, que significa odor a limão.
Características e distribuição[editar | editar código-fonte]
Corymbia citriodora apresenta ritidoma suave, de coloração uniforme ou ligeramente manchado, esbranquiçado a acobreado no verão. A casca é lisa ao longo da altura da árvore, por vezes com aspecto pulverulento e com tiras muito finas e encaracoladas.[3]
A copa é conspícua. com folhas estreitas e com uma forte fragrância a essência de limão. As gemas, em forma de pêra, surgem em grupos de três na axila de cada folha. Os frutos são cápsulas em forma de urna.[3] A floração ocorre na primavera e verão. Corymbia citriodora apresenta um lignotuber.
A espécie prefere solos ligeiramente francos e limosos, em bosques esclerófilos e encostas.
As duas principais áreas de ocorrência são em Queensland, em grande extensão de Maryborough até Mackay. É limitada pelas cadeias montanhosas e secas de Atherton, Herberton e Mount Garnet. Entre as duas principais áreas de ocorrência, aparece de maneira dispersa. A latitude da área do Norte esta entre 16º 45’ e 20º 30’ S, com altitudes de 450 a 1000 m. Nas áreas do Sul as latitudes são 22º 45’ e 26º S, e as altitudes de 70 a 400 m. O clima e quente e úmido a subúmido. Há variação na temperatura conforme a área de ocorrência desde alta precipitação, perto da costa em Bundaberg nas redondezas de Atherton, para seca me áreas isoladas. A média da temperatura máxima no mês mais quente esta entre 30º e 32 °C, e a média da temperatura mínima no mês mais frio esta entre 9º e 12 °C, mas nas áreas isoladas podem ocorrer respectivamente 34º a 36 °C, e 5º e 10 °C. Pode ocorrer geadas nas maiores altitudes. A precipitação varia de 650 a 1600 mm com predomínio no verão. O final do inverno e a primavera são secos. Tolera uma ampla variação de solos que vão dos podzólicos à areia quartzosa nos vales.
É de floresta aberta alta e as principais espécies associadas nas áreas do norte são Eucaliptus cloeziana, E. polycarpa,E. drepanophylla e E. trachyphloia. Nas áreas do sul são E. crebra, E. fibrosa, E. cloeziana, E. acmenoides, E. polycarpa,E. blaxsomei e Angophora costata. Densidade básica = Db = 1,010 g/cm3.[4]
A madeira é muito utilizada para: construções, estruturas, caixotaria, postes, dormentes, mourões, lenha e carvão.
No Estado de São Paulo a espécie apresenta susceptibilidade à geadas, boa resistência à deficiências hídrica. Em solos pobres pode haver alta incidência de bifurcações ligadas a deficiências nutricionais (principalmente boro) ; regenera-se muito bem por brotações das cepas.
Em função das característica básicas da espécie e dos resultados obtidos em São Paulo, deve-se sempre considerar as geadas severas como fator limitante.
A espécie é considerada uma importante essência florestal, utilizada para a produção de madeira etrutural e para produzir mel. Também é popular em horticultura tanto dentro como fora da Austrália.
O óleo essencial do "eucalipto-limão" contém citronelal (80%),[5] produzido principalmente no Brasil e China.[6] É utilizado como repelente de insectos e em perfumaria. Contudo, investigação recente demonsrou que não é muito efectivo como repelente de insectos,[7] mas foi demonstrado o seu efeito contra os mosquitos é similar ao dos repelentes contendo baixas concentrações de dietiltoluamida ou benzamida.[8]
Corymbia citriodora foi descrita por William Jackson Hooker como Eucalyptus citriodora, sendo em 1995 transferida para o género Corymbia por K.D.Hill & L.A.S.Johnson, alteração publicada em Telopea 6(2–3): 388. 1995.[9]
A espécie apresenta razoável diversidade morfológica, o que justifica a abundante sinonímia.
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