Cálculos e barro biliar
CÁLCULOS E BARRO BILIAR
Hoje a postagem é sobre Cálculos e Barro Biliar! O que é isto? bom eu não sabia ao certo até ontem, mas através de um ultrasson de uma pessoa na familia, que sofre com dores abdominais acabei pesquisando e aprendendo. O fígado produz a bile e a vesícula concentra essa bile. A bile como todos nós sabemos tem ação detergente e é despejada no intestino atraves da contração da parede da vesícula após as refeições. Cálculos ou pedras como a maioria conhece, são formados por altas concentrações de colesterol (calculos apresentam cor branca) ou bilirrubina (calculos apresentam cor preta), ou constituídos por ambos (cor marrom). A absorçao de água da bile faz com que ocorra essa maior concentração. O que acontece é que quando a água da bile vai sendo absorvida, os sais biliares vão ficando mais concentrados. Como já dito, esses cálculos são ricos em colesterol. Os cálculos também podem ser grandes ou pequenos, moles e quebradiços ou extramente duros. Quando a bile está muito concentrada na vesícula pode ocorrer o chamado "Barro Biliar"que nada mais é do que uma pasta de bile, embora muitas vezes pode ser o inicio da formaçao de calculos. Esses cálculos ficam armazenados na vesícula e, em determinado momento podem migrar pelos canais que levam a bile até o intestino, levando a uma obstrução. A pressão dentro da vesícula aumenta e ocorre distensão (como se ela aumentasse de tamanho muito rápido), levando ao sintoma de cólica biliar.Quando o cálculo obstrui o canal de drenagem da bile, o paciente pode apresentar icterícia , ou seja, fica com a pele e a porção branca dos olhos com coloração amarelada. Isso ocorre porque a bile fica "parada" na vesícula e a bilirrubina (pigmento amarelado presente na bile) vai sendo absorvida e passa para o sangue. Nesses casos, a urina pode ficar escura (amarronzada) e as fezes claras.O exame mais importante para o diagnostico é o ultra-som, ja que na radiografia nao aparecerá por serem formados a maioria por colesterol, o que diferencia de pedras nos rins por serem formados por cálcio, como os ossos.Independentemente do tipo e número de cálculos todos eles podem desencadear complicações. No Brasil essa doença compromete 1 em cada 10 mulheres após os 40 anos. Os fatores predisponentes mais comuns são sexo feminino, idade superior a 40 anos, gestações prévias, obesidade, redução e/ou aumento brusco de peso e ainda doenças inflamatórias crônicas do intestino delgado e outras. A pessoa que possui cálculos na vesícula biliar pode desenvolver quadros gravíssimos de pancreatite aguda (infamação severa do pâncreas) ou colangite (infecção do canal da bile) e pode também passar a vida inteira sem sintoma algum.Alguns fatores podem estar associados com a formaçao desses cálculos:• Obesidade: aumenta a secreção de colesterol na bile• Perda importante de peso: também aumenta a perda de colesterol na bile;• Uso de anticoncepcionais orais;• Sexo feminino;• Idade avançada;• Gravidez;• Dieta rica em gorduras;• Vida sedentária;• Hipertensão arterial (pressão alta);• Tabagismo;• Predisposição genética;• Anemia hemolítica crônica: ocorre quando as hemácias (células vermelhas do sangue) são destruídas
Complicações pela obstrução dos canais biliares.Icterícia Obstrutiva ou Oclusiva: é a obstrução parcial ou total dos canais biliares por cálculos biliares e mais raramente por tumores ou processos inflamatórios.Como quadro clínico:na oclusão total nao ocorre a formação de urobilinogênio, fazendo com que as fezes tornem-se descoradas e a icterícia é moderada a grave.Como quadro Laboratorial: BT -> muito aumentada; BD -> aumentada; BI -> normal ou levemente aumentada; LDH, TGO e TGP -> normal ou levemente diminuída; FAL e Gama GT -> muito aumentadas.Pancreatite Aguda: geralmente é causada por Cálculo Biliar, que encrava na papila duodenal maior, permanece por dois ou três dias e depois é eliminado para o duodeno. Enquanto o cálculo permanece, promove um canal único havendo mistura das enzimas da bile e pancreáticas. As enzimas pancreáticas são ativadas dentro do duodeno e vão digerir o pâncreas e estruturas vizinhas.Quadro clínico: dor epigástrica que se distribui em faixa para HD e HE e para o dorso. Usualmente continua e precedida de cólica biliar. Dura de 1 a 5 dias e não cede em qualquer posição. Náuseas e vômitos intensos e repetitivos podendo levar a uma desidratação. Pode ocorrer o choque hipovolêmico por falta de ingestão de líquidos e vômitos e o sequestro de grande quantidade de líquidos para a região peripancreática. Febre pode variar com a evolução. A icterícia geralmente não é muito intensa e surge por compressão do colédoco intra-pancreático. Sinal de Cullen (manchas na região periumbilical, devido ao sangue caminhar entre os músculos).Quadro laboratorial:Calcemia: diminuída - está relacionada com a gravidade da doença.Amilase: Maior que 700 ULipase: Maior que 500 UOutrasColecistite aguda: é a inflamação aguda da vesícula, que ocorre quando o cálculo fica preso logo na saída do órgão. O paciente apresenta uma dor forte e constante e também febre.Coledocolitíase: o colédoco é o principal canal que leva a bile desde a vesícula até o intestino. A coledocolitíase desenvolve-se quando o cálculo obstrui esse canal. Nesses casos o paciente apresenta a icterícia descrita acimaColangite: é a infecção dos canais biliares por bactérias, após a obstrução. A bile "parada" favorece a proliferação de bactérias.
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