COLUNA LOMBAR , HÉRNIA DE DISCO E DOR CIÁTICA NOS JOVENS COM MAIS DE 84 PRIMAVERAS , ESTILO DE VIDA INADEQUADO COM HÁBITOS DE FUMAR , BEBER E A FALTA DE EXERCICIOS FISICOS REGULARES E DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDAVEL .


Algumas pesquisas demonstraram que quando as pessoas entendem os problemas e mecanismos causadores de sua dor lombar, seu tratamento será mais eficiente principalmente porque a participação e a colaboração do paciente são fundamentais para a cura. Este informativo tem como objetivo auxiliá-lo a entender melhor o seu problema.
Dor lombar é um problema extremamente comum. Estima-se que 60 a 90% das pessoas vão apresentar este tipo de dor durante algum período da vida.
O prognóstico para a maioria dos casos é bom e a melhora geralmente ocorre com pouca ou até nenhuma participação do médico.
A coluna lombar é uma estrutura complexa que conecta a parte superior do corpo (incluindo peito e braços) à parte inferior (incluindo a pelve e pernas).
Esta importante parte da coluna oferece tanto mobilidade quanto força. A mobilidade permite movimentos de rodar, girar ou abaixar-se; e a força permite ficar em pé e andar, além de levantar e carregar coisas. O funcionamento apropriado da coluna lombar é necessário para quase todas as atividades cotidianas.  Dor na coluna lombar pode restringir as atividades e reduzir a capacidade de trabalho e a qualidade de vida.

O DISCO INTERVERTEBRAL

A coluna espinhal é formada basicamente pelas vértebras, que são estruturas ósseas rígidas, e pelos discos intervertebrais.
Os discos são estruturas macias, gelatinosas e elásticas. Têm alta concentração de água em seu interior.

Os discos ficam localizados entre as vértebras e sua flexibilidade permite que eles alterem sua forma fazendo com que uma vértebra se mova sobre a outra permitindo que a coluna se movimente como um todo. Eles também atuam amortecendo choques e pancadas.
À medida que envelhecemos o conteúdo de água dos discos diminui então ele começa a encolher-se e o espaço entre as vértebras fica mais estreito. Além disso, o disco por si próprio começa a ficar menos flexível.
A doença degenerativa do disco, ligamentos e vértebras da coluna lombar é considerada como uma adaptação anatômica ao desgaste pelo uso contínuo das estruturas envolvidas.
Outras condições que podem enfraquecer os discos incluem:
  • Desgaste pelo uso
  • Excesso de peso
  • Má postura
  • Carregar pesos de forma inadequada
  • Esforço brusco e repentino (stress mecânico)
  • Estilo de vida inadequado com hábito de fumar e a falta de exercícios físicos regulares e de uma alimentação saudável contribuem substancialmente para enfraquecimento do disco

HÉRNIA DE DISCO E DOR CIÁTICA

Às vezes o material gelatinoso do disco desloca-se de sua posição normal. Este deslocamento é chamado de hérnia de disco. Se o disco toca e pressiona uma raiz nervosa a pessoa sente dor em uma das pernas (dor ciática). Ocasionalmente a dor pode irradiar para as duas pernas.

A dor lombar, na maioria das vezes, é o sintoma inicial, podendo ser vaga e difusa, mas geralmente melhora com o repouso.
Algumas vezes pode ser fortemente incapacitante, associada a espasmo muscular e agravada por qualquer tipo de movimento.
Depois de alguns dias ou semanas ocorre algum alívio da dor lombar. Aparece, então, uma dor progressiva e desagradável, na nádega e parte posterior ou lateral da coxa e perna. É a chamada “dor ciática” ou “ciática”.
Geralmente piora quando o paciente senta, fica em pé ou anda. Também quando tosse, espirra ou evacua. Geralmente, ela é aliviada quando a pessoa se deita.
Algumas pessoas ocasionalmente podem sentir câimbras, dormência e formigamento que irradiam até o pé.

OPÇÕES DE TRATAMENTO

Após o médico ter realizado os exames necessários para a identificação do problema na coluna lombar, o tratamento deverá então ser iniciado. Várias opções de tratamento estão disponíveis, e elas podem ser subdivididas em duas categorias:
  • Tratamento “conservador”
  • Tratamento cirúrgico

TRATAMENTO CONSERVADOR

Este termo tem sido utilizado para definir todo tratamento que não envolve cirurgia. Com pequenas adaptações, abordagens similares podem ser usadas tanto para pacientes com dor lombar apenas, quanto para pacientes com hérnia de disco e ciática. A maioria dos pacientes pode ser tratada de forma segura e eficaz modificando suas atividades cotidianas e utilizando alguma medicação para alívio da dor e diminuição da inflamação.

A maioria das pessoas necessita somente de um curto período de tratamento que consiste em: repouso na cama por uma a duas semanas com atividades restritas a caminhadas mínimas até o banheiro e às áreas de alimentação, com nenhuma atividade física desgastante ou árdua.
Analgésicos: para o período inicial de tratamento, narcóticos leves e relaxantes musculares podem ser administrados; eles não devem ser utilizados por mais do que duas a três semanas, quando então antiinflamatórios não esteróides devem ser instituídos, a menos que tenham contra-indicações.
Educação: postura correta, posições adequadas para dormir (deitar de lado com um travesseiro entre os joelhos, que devem estar semi-fletidos; uso de colchão firme), maneiras corretas de inclinar-se para frente, carregar pesos, pegar objetos no chão, etc.
Uso de colete lombo-sacral. Deve ser utilizado criteriosamente com supervisão do médico. Aumenta a sustentação da região lombar aliviando a dor, porém seu uso prolongado pode causar fraqueza da musculatura desta região e agravar o problema no longo prazo.
Após o alívio dos sintomas recomenda-se o retorno progressivo às atividades habituais e início gradual de exercícios não vigorosos, como caminhadas e hidroginástica.
Entretanto, estas orientações não são absolutas e só o seu neurocirurgião poderá fazer um julgamento sobre qual tratamento é mais apropriado para o seu caso e qual não é recomendável.
Após uma a duas semanas de repouso, o benefício máximo é alcançado, então os problemas relacionados à imobilidade (fraqueza muscular, rigidez articular...) podem aparecer. Nesta fase, um programa de fisioterapia motora pode ser considerado. Recomenda-se a avaliação de um fisioterapeuta, pois sua participação é fundamental. A terapia inicial geralmente compreende:
  • Exercícios de fortalecimento.
  • Terapia com calor profundo (também conhecido como “ultra-som”).
Aplicações de calor superficial e massagem leve podem proporcionar conforto para o paciente, mas não têm valor terapêutico real. Trações não são recomendadas.
Injeções de esteróides epidurais (bloqueio ou infiltração) podem ser úteis em certos pacientes com sintomas leves ou moderados.
Altas doses de vitaminas têm sido prescritas por alguns, mas faltam provas científicas do seu valor terapêutico.
Após a melhora do episódio inicial de dor, um programa de reabilitação deve ser iniciado para aumentar a força muscular lombar e abdominal, melhorar a estabilização da coluna lombar e exercícios de alongamento para melhorar a flexibilidade.
Os efeitos naturais do envelhecimento que resultam em diminuição da massa óssea e diminuição da força e elasticidade dos músculos e ligamentos, não podem ser evitados. Entretanto, eles podem ser retardados.
No longo prazo, recomenda-se a manutenção do condicionamento físico. Deve-se evitar o sedentarismo, a obesidade e o tabagismo, pois estes fatores aumentam a chance de recorrência de dor lombar.

TRATAMENTO CIRÚRGICO

Cerca de 80% dos pacientes com hérnia de disco aguda vão melhorar sem intervenção cirúrgica; entretanto, quando houver uma indicação médica definida, não se deve adiar.
Após a cirurgia o paciente é capaz de voltar ao trabalho em cerca de duas a seis semanas.
Há três indicações geralmente aceitas para uma intervenção cirúrgica:
  • Pacientes sem alívio satisfatório da dor ciática através do tratamento conservador (a indicação mais comum). A maioria dos pacientes desta categoria deve ter sintomas por pelo menos um mês, deve ter feito um repouso absoluto na cama por pelo menos uma semana ou mais sem melhora, antes que o tratamento conservador seja abandonado.
  • Pacientes com fraqueza significativa em algum músculo da perna ou do pé devem ser operados precocemente.
  • Recorrência de episódios de dor lombar e ciática incapacitantes que impedem o paciente de levar uma vida normal.
  • “Síndrome da cauda eqüina”. Identificada pelo médico esta condição requer cirurgia de urgência para evitar seqüelas permanentes.

OPÇÕES DE TRATAMENTO CIRÚRGICO

Atualmente o tratamento cirúrgico é muito seguro.
O neurocirurgião é o médico com treinamento adequado no diagnóstico e tratamento de patologias da coluna vertebral.
Ele dispõe de materiais e equipamentos modernos que tornam o seu trabalho cada vez mais eficiente. Um exemplo é o microscópio cirúrgico. Possibilita as chamadas microcirurgias, que são operações extremamente precisas.
Um resultado cirúrgico satisfatório ocorre quando se utiliza uma técnica cirúrgica mais fina e meticulosa.
Uma vez que se decidiu pelo tratamento cirúrgico, as opções incluem:
  • Microcirurgia: quando é utilizado o microscópio cirúrgico.
A microcirurgia possibilita incisões menores e recuperação mais rápida. Diminui o sangramento, o período de hospitalização e de recuperação.
Proporciona menor mobilização das estruturas nervosas minimizando a reação inflamatória. Atualmente é considerada a melhor opção.
  • Laminectomia tradicional: procedimento semelhante, porém sem o auxílio do microscópio.
  • Rizotomias por radiofreqüência: diferente das infiltrações de analgésicos e antiinflamatórios citadas acima, nas rizotomias o médico cauteriza pequenos nervos que se localizam nas articulações da coluna através de agulhas inseridas em pontos estratégicos. Trata-se de um procedimento simples e seguro que pode trazer grande alívio para alguns pacientes selecionados pelo neurocirurgião, principalmente aqueles que apresentam dor lombar intensa. Em geral é realizado com o paciente internado por um período curto de 24 horas. O alívio é imediato.
  • Artrodeses: são fixações da coluna por meio de parafusos e outros materiais. Têm como objetivo estabilizar a coluna quando o paciente apresenta problemas de desalinhamento ou perda de firmeza nas vértebras, articulações ou ligamentos.
Apresentou enorme evolução nos últimos anos com o desenvolvimento de equipamentos sofisticados e uso de materiais nobres como o titânio. Quando bem empregadas as artrodeses apresentam o tratamento ideal para os pacientes nos quais elas são indicadas.
  • Cirurgia endoscópica ou “minimamente invasiva”, laser, injeções de substâncias no interior do disco, dentre outras. São procedimentos ainda controversos e em desenvolvimento que, provavelmente no futuro, terão um papel importante no tratamento.

CONCLUSÃO

Diante de um problema de dor lombar ou hérnia de disco existem hoje diversas soluções. Recomendamos que você converse com seu médico para a escolha da melhor alternativa para o seu caso.
É bom lembrar que os tratamentos variam bastante de paciente para paciente, por isso a experiência do neurocirurgião é fundamental para definir qual a melhor estratégia de tratamento. O nosso objetivo é fazer você retornar às suas atividades habituais solucionando seu problema da melhor forma possível.
www.sositaguare.blogspot.com

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