ADVOGADO SUBJETIVO ATROPELA MOTO MATA UM CASAL E UMA CRIANÇA NO VENTRE DA MÃE ,NADA QUIS DECLARAR ,PAGOU FIANÇA E ESTÁ SOLTO E PRONTO A MAIS VITIMAS .

Jovem de 19 anos estava grávida do companheiro
Uma jovem grávida de três meses e o seu companheiro morreram em acidente às 22h15 de quarta-feira (18), na Rodovia Rio-Santos, em Bertioga. As vítimas ocupavam uma moto que foi atingida na traseira pelo carro de luxo dirigido por um advogado da Capital. O acusado estava embriagado e foi preso em flagrante, mas pagou fiança de R$ 20 mil, sendo liberado.
Um perito constatou que a Yamaha XTZ 125XE pilotada pelo bancário Luiz Fernando Pereira de Souza, de 35 anos, foi arrastada por 115 metros. A moto seguia no sentido Bertioga-São Sebastião e foi parar na mata, após o acostamento da pista contrária. Luiz Fernando trazia na garupa a vendedora Jaqueline Pupo Ferreira de Lima, de 19 anos.
A gestante morreu no local. Em estado gravíssimo, o seu companheiro chegou a ser levado em uma ambulância do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) ao Pronto-Socorro de Bertioga, mas também não resistiu. O casal morava nesta cidade, no Jardim São Lourenço.
O desastre ocorreu no Km 210, próximo à Riviera de São Lourenço. O advogado José Papacena Neto, de 53 anos, dirigia um Audi A3, ano 2014, e disse à Reportagem que transitava a 80 km/h, limite de velocidade permitido para aquele trecho. Ainda segundo ele, um carro que seguia à sua frente desviou da moto. “Quando vi, infelizmente, não deu para desviar”, lamentou.
Papacena afirmou que a moto estava com a lanterna traseira apagada, o que teria contribuído para o acidente. A Polícia Militar Rodoviária atendeu a ocorrência no local e o Audi e a Yamaha foram removidos ao pátio do DER em Cubatão.
O delegado Fábio de Oliveira Martins Pierry informou que o advogado se recusou a se submeter ao teste do bafômetro, bem como a fornecer amostra de sangue para a realização de exame de dosagem alcoólica. A legislação brasileira garante que ninguém é obrigado a produzir prova contra si próprio.
Com as recusas do acusado, Pierry determinou que ele fosse submetido a exame clínico. Esta análise não necessita de autorização por não ser invasiva e porque é feita a partir da constatação de eventuais odor etílico, vermelhidão dos olhos, andar cambaleante e fala confusa, entre outras circunstâncias.
O exame clínico foi realizado no Instituto Médico-Legal (IML) de Guarujá e teve resultado positivo para embriaguez, conforme atestou o médico Antônio Carlos Carvalho. Com base neste laudo, Pierry autuou o advogado em flagrante por homicídio na direção de veículo motor, qualificado pelo fato de o agente estar com a capacidade psicomotora alterada em razão de influência de álcool.
Punível com reclusão de 2 a 4 anos, este crime é culposo, ou seja, decorrente de imprudência, negligência ou imperícia. O delito também é afiançável e o delegado fixou a fiança no valor de R$ 20 mil. A quantia foi paga nesta quinta-feira (19) pela manhã, sendo o advogado solto.
De acordo com o delegado, Papacena lhe disse que ingeriu apenas uma lata de cerveja por volta das 17 horas de quarta-feira. Sobre o resultado do exame clínico, o acusado justificou à Reportagem que ele é “subjetivo”. Em relação ao consumo da lata de cerveja admitido a Pierry, ele nada quis declarar.
 

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